UM DEVER-SER? (Capítulo 3)
Ouvimos muitas
cobranças, discussões e avaliações com relação aos professores, que eles devem
ser bons professores. O questionamento primário é este, como será que as
pessoas dizem que o professor é ou não bom? Será que realmente esses
comentários avaliativos são baseados no ofício do mestre, na competência do professor,
ou é na arte de cuidar dos filhos? Muitos chegam a avaliar um bom professor
mesmo ele não tendo as competências necessárias, só pelo fato de ser um
professor carismático e amoroso. A técnica de saber passar a informação, não
interfere ao profissional o ato de saber dar carinho, amor e atenção.
O pedagogo tem o dever de tornar possível a
construção de conhecimento, tem como obrigação ser competente em suas técnicas
educadoras. A infância é um objeto complexo de estudo, mas de uma coisa é
certa, é merecido que o professor seja para a infância mais que um bom técnico
em letramento. A criança precisa aprender e tem esse direito, o pedagogo tem o
dever. O professor deve ser como um jardineiro que rega a planta, cuida, corta,
poda, rega e essa flor desabrocha. É de ofício do mestre formar com um olhar
humanizado, projeto enraizado em ideais, deveres e valores.
Convivemos com
a infância, mas também voltamos a ela, porque remetemos a nossa história. Precisamos
hora ou outra exigir de conhecimentos que não são disciplinas da universidade,
precisamos hora ou outra remetermos a nós mesmos, transformar através de uma
ação transformadora em nós. Precisamos ser atentos e compreensíveis as
infâncias não vividas pelos menos favorecidos. Tudo isso faz parte do nosso
ofício que exige para que eles (as crianças) sejam nós devemos dar conta de que
sejam. “Ser educador é ser o mestre de obras do projeto arquitetado de sermos
humanos”.
Leonardo Batista Neto – Bruno
Henrique Silva.